quarta-feira, janeiro 31, 2007

tenho consciência que existem parte mortas em mim. sei também que todo aquele ânimo de furar caminhos à procura do in-existencialismo já morreu. toda a desgraça sobre-sai nesta esplêndida manhã de trabalho. as saudades começaram a matar-me. a massa cinzenta atormenta as minha noite nocturnas. e eu só quero fugir. às manhãs luminosas desejo-lhes a minha morte. as tardes ofereço-lhes a minha sepultura. o revolver fui tão meu amigo durante o tempo que suicidava os próprios meus neurónios. eu berro debaixo da água. peca-me, arruina-me, derriba-me, abate-me. cada vez me quero mais. esventra-me o meu interior.

deixo-vos com uma das minhas bandas preferidas ... MELVINS - REVOLVE...



paz para vocês, descanso para mim...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

A imensidão da noite

Talvez seja mesmo assim
Serei um ser que virá
Sempre após o momento
As nossas almas dançam
Num turbilhão feroz
Na luta por uma
Pequena migalha
Sei que, talvez seja
Especial para a lua
Sei que, talvez seja
Apenas um pequeno
Peixe no mar
Sei que, talvez seja
ou talvez não seja
A certeza eu tenho que
Perdido eu ando neste
Vasto e imenso bosque
Apenas vejo o meu corpo
Rodeado pela escuridão
Afinal, serei mesmo?
Tantas almas me dizem
Me falam da minha
Importância para o
Mundo que eu não consigo
Perceber nem ver...
Sinceramente, já eu não
Sei o que sou...
Será mesmo oxigénio
Que respiramos?
Eu sei que agora
Nada sei... e talvez
Mas só talvez, nunca
Tive realmente aquela
Importância que se vê...
Não desanimei, nem
Amoei, apenas me vejo
Como um ser mais único...
Único como todos os
Outros iguais a mim...

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Salvação


A vontade nunca vem só...
Acompanha-me como um desejo único de fervura...
Eu nunca consegui ver a minha face no espelho...
Quero vender-te a minha alma mortífera...
Desce e acredita na minha história verdadeira...
Tenta manter-me dentro da tua pele...
Imagina o caminho que percorro...
Carrego a cruz...
Iluda-me o caminho preto...
Se os meus olhos fossem imaginação minha...
Se o meu corpo fosse trabalho meu...
Se o sono não me matasse...
Se as dores me libertassem...
Se as saudades...
Se as lágrimas não enchessem esses prados...
Se a vontade falasse...
Se a minha vida fosse minha...
A salvação aproxima-se...




quarta-feira, janeiro 17, 2007

Talvez, quem saiba...

Em dias de chuva, o sol não nos ilumina...
Em dias de sol, a falta que a chuva nos faz...


Em conversa no outro dia (conversa essa que sobrou para o pessoal esquesito, pessoal do "bate-mal", pessoal atrofiado, pessoal "mau-onda", bem, esse povo todo que vocês fazem ideia e devem conhecer, pelo menos um ou dois....enfim), eu duvidei seriamente de mim se realmente eu sou um ser humano (ou um clone da estúpidez)... Eu no meu cantinho, calado, observador, inquieto, transpirando, fumando, bebendo, e de tudo um pouco, abri a boca e saiu a pergunta, que para mim, foi perfeitamente normal...
Será que eu sou normal???

O facto, as razões, as evidências, até as palavras foram simples...
Eu, com as minhas ideias (ideias que poucas pessoas as conhecem de verdade), fiquei pensativo...
Será do novo corte de cabelo?
Será dos óculos?
Será que as pessoas me acham tão medíocre?
Bem, a verdade não sei... e sou um pouco ou tanto sincero... também não quero saber... o que faz bem a nós próprios é gostarmos de como somos e acharmos piada a certos defeitos nossos... tipo o cabelo...

Um abraço ao povo de Gouveia, Aveiro e outras
Beijos para os meus pais e puto


... já cá tou novamente...