Nostálgico

Por muito mais que tente não pensar em certas coisas, elas parecem ganhar vida e entram no meu pensamento como um rato entra na toca!...

Sempre pensei em ser importante e por vezes brinco com o facto de faltar pouco para ser deus. Mas quando o pano negro da noite cai, fico pequeno e penso onde poderei ter errado em todo o meu passado. Será que a culpa não foi minha?

Deveria sentir-me abençoado pelos actos que já consegui atingir, por tudo o que já consegui fazer com a minha vida. Mas continuo a sentir-me pequeno, pois são meros actos que apenas comigo eles ficam.

O quanto eu lutei para seguir a pegadas do K. Cobain, sentir-me em palco e poder libertar a raiva toda. Aquele sonho de pequenino que me presegue durante épocas e temporadas. E indirectamente, consegui atingi-lo. E todo o meu passado, alguém se lembra desse meu sonho?

Fumo aquele cigarro venenoso e vagueio por entre mundos. Tantas perguntas tem a minha cabeça e nenhuma têm respostas. Por vezes os maltidos apaixonam-se pelas pessoas erradas. Por vezes os diferentes têm o castigo de acarretar com as tristezas todas. Por vezes, todas as músicas nos fazem lembrar alguém. E mesmo nas nossas vidas calmas e pacatas, por vezes, paramos e pensamos: "Mas que raio estou eu a fazer!!!"; "Mas que raio fiz eu"; "Mas porque é que aconteceu isto".

Ah belo cigarro que entras nas minhas correntes sanguíneas e alimentas a minha falsa esperança! Ah bela noite que me corrões os pensamentos! Ah bela nuvem de fogo que se avizinha à minha alma apodrecida! Ah bela música que entras nos meus ouvidos e me fazes acreditar!

Tenho de ir. Adeus (e sem sorrisos)!!!