segunda-feira, novembro 03, 2008

A beleza do desepero


Causa que os meus olhos exprimentam
Observando até à exaustão do facto
Palavras entrelaçadas pelos lábios
Castigam-me pela sua sábia sabedoria
Pensamentos marginais protegem a existência
A realidade fecundada no ventre misterioso
Procuro a noite serena, procuro o dia inalterável
E encontrou-se a lágrima perdida daquele noite
Bebemos e engolimos o nosso sangue precioso
E aquela beleza nos passa pelos olhos tristes
Deseperadamente trocamos as medidas
Invertemos os nossos corpos imundos
E sujos e belos pelo mundo caminhamos
Verdades que sofrem de mentiras penosas
E como eu conheço essa bela verdade
Deambulando por entre esse prados negros
Revela-se aquele espinho cravada em nosso corpos
E que doce dor nos faz sentir, dor de desespero
Tão nobre que é apreciar uma lágrima
Tão generoso que apreciar a vida sombria
Tao calmo que é a revolta na cabeça
Tão belo que é o nosso desepero
Tão precioso é o olhar
Tão enorme

Sem comentários: